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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ao fundo rochas
No rosto alegre de um
A seriedade solidificada do outro
Qual verdade vês?

A frente deles a máquina de congelar
E com ou sem ela ouve-se o mar
Nele, Iemanjá Rainha canta
Reina a Senhora e Deusa dos mares

Nos olhos deles
A última imagem
E o sentimento do visto
Talvez seja a resposta

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando te encontrei
o que faltava não mais existiu
até a tristeza sorriu
a noite já não era mais escura
e a chuva radiante se rendeu ao sol

Quanto te olhei
a cegueira me olhava satisfeita
o mudo me sussurou ao ouvido
Disse-me: Vai, é ele

Quando te abraçei
senti a vida a volta
nossos corpos vibravam
e teu cheiro maravilhosamente inflamava minha narina

Quando te beijei
te olhei nos olhos
acariciei teu rosto ao meu
e naquele momento
nos tornamos um.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A ausência se torna vicio por falta da presença
faz doer o peito e a alma chora
Quando ele vai um espaço fica vazio
E a tristeza é a única que consegue preenchê-lo

O amor é a causa de tudo
É o motivo da alegria, da tristeza
É o motivo da vida, da morte
É o calvário, o renascimento
É sofrimento, alento

E não tê-lo ao meu lado
Em síntese é verdade
É saber que sempre haverá uma quebra
Onde o elo é imperfeito
E o momento é tempo presente
E se torna passado quando dele lembro
E escrevo se a ele me atenho
Mas o momento futuro é incerto
e dele viveremos quando este se torna, dele vivo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Devia ser noite de inverno
Talvez calafrios de febre
Quem sabe um daqueles dias chuvosos
Talvez uma madrugada fria e só

Pensas que não importo
Mas te enganas e te mostras forte
Aí está a tua fraqueza
E a vejo mesmo por trás da porta

A vida é um soneto
tocado com a "corda mi" do cavaquinho do Adoniran
Admirar a natureza e não sentí-la
É sofrer na beleza roubada nos olhos